Aquilo que lhe inspira vem de diversas formas, manifestações, gêneros e simbologias, mas uma em particular talvez seja a menos perceptível, pois bem já dizia o famoso ditado popular: “o jardim do outro é sempre mais belo”. Se existe uma coisa difícil de reconhecer é o efeito que nós mesmos temos dentro de nós, por mais confuso que isto pareça à primeira instância.
São tantas transformações internas e externas, mudanças de direção, alterações de humor e escolhas que fazemos que, por vezes, deixa-se de lado o bem mais precioso: o EU. Quem seria este EU? O EU é uma livre miscelânea confusa, entre o consciente e o inconsciente, entre estímulos e interações internas e externas, deixando naturalmente as explicações da psique fora disto.
Existe uma linha tênue e fina que separa o “pensar em você” e o “pensar pra você” e é nesta livre diferença que encontrarás seu melhor aliado, aquele disposto a te ouvir; a lhe julgar quando necessário, mas que também irá aconselhá-lo; aquele que o fará colocar a mão na consciência e que também irá tocar seu coração; aquele que lhe mostrará novos caminhos em comparação aos caminhos que já percorreu ou que ainda insiste em percorrer, enfim, esse melhor aliado sabe quem ele é? Você mesmo.
Respeite-se ao ponto de conhecer o seu pior, mas, mais do que isto, saiba reconhecer seu melhor. Neste momento descobrirá aquilo que te rege, impulsiona, projeta, lança, almeja, deseja e, principalmente, aquilo que lhe inspira a ser uma pessoa cada vez melhor e maior, não melhor e maior que os outros, mas consigo mesmo.
Alçando esse voo que tanto sonhou, planejou e finalmente concretizou, não precisará olhar para trás e sim para dentro, pois é lá que estará sua maior fonte de inspiração.